Do LImoeiro à Cerca Moura
Contei os passos:
Quase cinquenta passinhos meus - da porta do CEJ até à "Cerca Moura" ou Portas do Sol, onde se demarcam os vestígios dos contornos da primeira delimitação física da cidade de Lisboa, a qual remonta ao tempo dos mouros.
Enquanto descia e regressava ao trabalho, abençoava este privilégio - não o de viver aqui em Lisboa, pois sítios encantados como o nosso há muitos. Este tem a particularidade de ser o "nosso" pois eu sinto Lisboa como se tivesse nascido e vivido aqui desde sempre. Abençoava o privilégio de ter esta emotividade à flor da pele e de sentir prazer com estas pequenas grandes coisas da vida que são aquelas que realmente me fazem ficar melhor.
Pois, podiam ser as compras num centro comercial ou a perspectiva de um novo corte de cabelo. Mas não são. Essas são necessárias à minha imagem social, à minha vivência na relação com os outros e são importantes, claro, para me sentir bem. As que me fazem sentir verdadeiramente melhor são estas: saber que me tenho sentido cansada e deprimida nas últimas semanas, exausta - sem sequer perceber porquê - e ficar extasiada, entusiasmada por encontrar, tão à mão, o melhor energizante: um mini passeio... 45 minutos entre o Largo do Limoeiro e o Largo de Santa Luzia.
Uma salada de frutas (Belíssima, imagine-se!, num sítio para turistas em que eu era a única portuguesa), um café e um copo com gelo (sabe-se lá porquê!), a fazerem-me companhia.
Fiquei com uma pena imensa do meu telemóvel que tem cam digital estar com a bateria off.
E depois pensei...sim, posso tirar fotos... mas quando quiser ver como está o meu rio e quiser partilhá-lo, desta forma, com esse alguém, trago-o cá! Não há foto que faça jus à vivência desta cidade inigualável.
Afinal, há vantagens em trabalhar em Agosto.
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