18 de novembro de 2006

História verídica com final especulativo

Sucedeu há dias.
Estava na casa de banho duma das catedrais do consumo lisboetas, quando me apercebo que alguém entra no compartimento à minha direita, para de imediato sair e se dirigir ao da esquerda. Jingle Bells, jingle bells, já não há papel, pensei. Só quando comecei a ouvir um arfar pesado e entrecortado por incentivos verbais recheados de vernáculo me apercebi que o papel era outro. Papel? Hummmm, era mais papar. E ser papado. Puxei com estrondo o rolo de papel, o higiénico, tossi com gana, mas nem assim os cavalheiros abrandaram na sua cavalgada. Saí, entre o embaraçado e o divertido por ter testemunhado por via auditiva um encontro sexual, variante gay.
Minutos depois, encontro a digníssima esposa do que seria nosso rei se o 5 de Outubro não tivesse acontecido.

Não consigo deixar de pensar que os dois eventos estão relacionados.