É Natal, é na tal, ena tal
A rua Augusta fervilha de gente, um homem-estátua-pai-natal lança dardos visuais a um miúdo de ar traquina postado à sua frente, parece prestes a quebrar a figura para dar um estalo ao puto. A Filarmónica Acordeonista de Bucareste encontra-se toda aqui, a cada dez metros há um romeno, imune ao frio, armado de instrumento e chihuahua. Devem ser cães especiais, treinados para dançar ao som do Danúbio Azul ou duma versão roufenha de folclore balcânico, mas não páro para ver. Adiante desemboca-se no Terreiro, pejado de famílias inteiras, avôzinho de cadeira de rodas incluído, a adorar a àrvore em ferros erguida. Num país com a paixão da construção civil, suponho que faz todo o sentido a admiração embasbacada por um um andaime com luzes.
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