2 de fevereiro de 2007

Reciclagem - de papel e de memorias.

Há dez anos atrás eu bebia 1,5L de água por dia a muito custo e deitava a garrafa de plástico de água pelo vidro da janela (shame on me!).
Passado todo este tempo evoluí para um estado socialmente mais civilizado. Já não deito lixo pela janela. Agora sou uma menina-que-recicla, mas sem stresses do tipo "deixa-me-guardar-a-tampinha-de-plástico-da-tua-garrafa-para-juntar-às-9375-que-tenho-lá-em-casa!".
Uma vizinha completamente tresloucada deu-me um cesto gigante que converti em cesto de reciclagem e nele vou acumulando todo o lixo que me vão colocando na caixa do correio. A propósito: porque é que a porcaria do autocolante "Publicidade AQUI NÃO!" não funciona?!!!
Bem, continuando...
Adiciono também os invólucros dos packs de iogurtes, as caixas dos cereais, os envelopes rasgados, todas as folhas e afins que se possam classificar na categoria papel.
Hoje, alguém com quem já vivi contou-me que tinha convertido as centenas (se não milhares) de folhas de papel de rascunho em blocos - fácil: foi ao Office Centre e pediu que encadernassem as ditas folhas. As argolas custam qualquer coisa como € 0,37 (preço a confirmar).
Achei uma ideia magnífica. Depois achei que a ideia me afrontava. Lembrei-me de que foi durante essa curta coabitação que me domestiquei a reciclar e que essa pessoa, apesar dos meus insistentes pedidos, nunca levava os papéis para o papelão.
Lá se foi o meu altruísmo em função do meio ambiente. Borrifei-me para a reciclagem e fiquei com a boca a saber a papelão, ressabiada que nem uma divorciada idiota.
Vim aqui chicotear-me em público porque já tenho idade para ter juízo.