31 de março de 2006

Ernesto Panigua

«Em 1585, Ernesto Panigua volta à sua Andaluzia natal, vindo do Levante. Traz na arca alguns tesouros, traz no corpo um membro a menos. A batalha de Lepanto roubara-lhe um braço. Partilha essa infelicidade com uma figura grada, gradíssima, não outro que Cervantes, seu companheiro de batalha. Segundo testemunhos coevos, Panigua salvou a vida do grande escritor ao cair sobre ele num momento aceso da refrega, impedindo assim que um projéctil turco o atingisse. O próprio Cervantes refere Panigua em correspondência trocada com Alcalá de Rindo, seu amigo de infância, descrevendo-o como um 'bonacheirão e rubicundo homem, mais lesto na mesa que na espada'. A influência de Panigua parece assim ter sido dupla: permitiu a Cervantes sobreviver a Lepanto e escrever a sua obra magna, e tê-lo-à provavelmente inspirado na criação da figura de Sancho Pança. Ernesto Panigua morreu em Talazar, perto de Sevilha, em 1589, vítima duma otite.»

O texto acima foi gentilmente cedido pelo autor, Manuel Laranjeira.

30 de março de 2006

His name is Larson, Gary Larson #1

dinoextinct

Devia ser proibido proibir a difusão dos rabiscos deste senhor.

propriedade # 1

marionslesroses

Não é Jazz nem é um arado. É o disquito que estamos ouvindo quotidianamente.

Para mais informações, faz favor de carregar aqui.

28 de março de 2006

E agora, para algo completamente...

... Diva!
Inicio-me hoje neste ofício das postas. Valeu-me a insónia, o bolo de amêndoa (thank you B.!) e... aqui estou eu! Saudações reais ao digníssimo V. pelo convite!
Eis-me aqui... Dancing Queen, qual Diva do disco sound, a fazer-me à pista, de caipiroska na mão e sorriso atrevido. Temos festa!!
Para os mais distraídos... ouçam e batam o pezinho*. Se quiserem mais, comprem discos: os artista precisam (estes, especialmente, que só conseguiram ultrapassar a facturação da Volvo na Suécia...)! Ao meu querido R. - e a todos os que querem fazer de conta que são - e aos que são mesmo pés de chumbo, aconselho vivamente este passatempo. Nada mais nada menos do que uma jogatana para quem quer dançar e ficar com o dito na cadeira.
Tudo isto para dizer que, nesta barraca, música, pezinho de dança e glamour bairrista não faltará. Estou cá eu!
Um beijo repenicado aos meus compinchas da pandilha.

* Será que consegui que ouvissem um minuto da dita?! Vejam nos downloads (pressupondo que são tão habilidosos como eu...)

Culto

Aqui, o local de liturgia semanal de boa parte dos membros do Jazzarando.
Os fiéis costumam ser epifanicamente inspirados pelas homilias do Sumo-Sacerdote Morgado, mas na última sexta-feira sentiram os corações ao alto com Sofia, vestal em negativo.
Amén.

25 de março de 2006

Filha do Inverno

Está fresquinho nos bons locais de tráfico livreiro «A menina do farol», edição da Bico de Pena.
Estou ainda a reconhecer os recantos da costa, mas promete. Muito.
A autora, Jeanette Winterson, descreve na sua página pessoal os preparativos para ser agraciada com a OBE, que, ao contrário do que poderíamos pensar, não é uma versão melhorada de certo acessório feminino.

Why was I driving through swirling snow towards Buckingham Palace with a Tourette Syndrome chauffeur who couldn't stop talking about golf in the Algarve?

24 de março de 2006

E agora para algo completamente de lado

Por vezes as regras de etiqueta transmitem ensinamentos importantes.
Na mesa, por exemplo, é ver o garfo colhendo suave ou abrupto a vianda ao centro, no prato, tentando vislumbrar através da cerâmica a faca, imersa na sua tarefa, trinchando, trinchando, trinchando. A colher, qual pau-de-cabeleira de antanho, vigia.
Aqui, seremos colher, garfo ou faca, consoante as circunstâncias, o vento ou a veneta o ditarem.
E se, digníssim@ ou indignadíssim@ leitor@, achar que esta prosápia não faz o mínimo sentido, tem toda a razão.