27 de abril de 2006

His name is Larson, Gary Larson #3

tunnel light

26 de abril de 2006

Vou partir nozes com as coxas! Então não vou?!


Mais uma aula de Bharata Natyam!
Mais uma vez aquela sensação de ter os músculos a ferver para além do possível! São ovos, senhor! São ovos a estrelar nas minhas coxas!!
E eu que já tinha perdido as esperanças de partir nozes com as coxas... afinal, ainda é possível!Ó lá se é!

23 de abril de 2006

Odiamos toda a gente!

As pragas que nos rogaram no princípio das nossas férias estão a resultar: ainda não parou de chover e está a passar uma trovoada da puta que o pariu.
A boa vontade para com os povos impede-me de insultar e de insuflar. A reacção não passará!

Não fomos ao lançamento do novo livro do Mário Zambujal: estavamos entretidos a comer num restaurante merdoso, estupidamente caro que não recomendaremos nem aos Georges Bushes.

Viva o Beira-Mar, que hoje foi promovido à primeira liga.

22 de abril de 2006

Sobre viver

Vou viver
até quando eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver

Amanhã, espero sempre um amanhã
e acredito que será
mais um prazer

e a vida é sempre uma curiosidade
que me desperta com a idade
interessa-me o que está para vir
a vida em mim é sempre uma certeza
que nasce da minha riqueza
do meu prazer em descobrir

encontrar, renovar, vou fugir ou repetir

vou viver,
até quando, eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver
amanhã, espero sempre um amanhã
e acredito que será mais um prazer

a vida é sempre uma curiosidade
que me desperta com idade
interessa-me o que está para vir
a vida, em mim é sempre uma certeza
que nasce da minha riqueza
do meu prazer em descobrir

encontrar, renovar vou fugir ou repetir

vou viver
até quando eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver,
amanhã, espero sempre um amanhã
e acredito que será mais um prazer



António Variações

21 de abril de 2006

Mudras



"Where the hand goes, the eyes must go,
Where the eyes go, the mind goes,
Where the mind, the expression,
Where there is expression, there is joy."

(Nair 3)

Posta de embalar

Fiz um conto para me embalar

Fiz com as fadas uma aliança.
A deste conto nunca contar.
Mas como ainda sou criança
Quero a mim própria embalar.

Estavam na praia três donzelas
Como três laranjas num pomar.
Nenhuma sabia para qual delas
Cantava o príncipe do mar.

Rosas fatais, as três donzelas
A mão de espuma as desfolhou.
Nenhum soube para qual delas
O príncipe do mar cantou.

Natália Correia

19 de abril de 2006

Burolimbo

Todos temos momentos de fraqueza. Momentos em que acreditamos na boa vontade das gentes e na bondade das máquinas burocráticas. Sim, eu sei, é candura a mais. Mea culpa. Mea culpa.
Em meu abono posso alegar a boa disposição matinal, a energia prestes a transbordar após uma noite bem dormida e sem preocupações.
Objectivo? Uma certidão de domicílio fiscal.
É canja, pensei. Chego às Finanças, espero um pedaço, a simpática funcionária - ou o cortês funcionário - diz sim senhor, é para já, e saio ufano com um pedaço de verdade certificada nas mãos.
Oh como me enganei! Santa ingenuidade!
Durante a espera, ainda antes de me confrontar com a dura realidade burocrática, pude observar o deleite de uma funcionária sádica, baba metafórica a escorrer no canto da boca enquanto recusava sorridente todos os pedidos submissos dos cidadãos-carneiros prontos para a matança com sêlo branco.
A minha certidão?
Parece que vai demorar dez dias.
Dez dias para afirmar preto no branco que moro onde moro.
Vai ser reconfortante olhar para o papel e ter a certeza.

No meio de tanto mau gosto...

Em pleno zapping, fico prostrada perante o meu pequeno televisor. Uma das repórteres da TVI, em pleno directo do funeral do actor Francisco Adam (nem vou falar acerca da opção de transmissão do serviço fúnebre), decide interpelar alguns dos populares que aguardavam no exterior da Igreja de Runa. E, no meio de tanto mau gosto, conseguiu iniciar - várias vezes - a conversação com um tímido "Peço desculpa DE incomodar" (em que escola é que ela estudou??). Pelo menos isso...!!! Depois, o breve contacto fluiu entre um brilhante "O que é que veio cá fazer?" e um magnífico "O que acha deste acontecimento que vitimou o jovem Dino"?. A técnica para "encher chouriços" em directos televisivos tem que ser melhor que isto, por favor!

Ainda o petroil...

- Maneli, hoje vamos comer carapauzinhos de bigode!
- Oh Maria, atão traz-me lá o petroil p'ra eles ficarem bem regados...
(...)

Choque petrolífero é o que o meu Pai sente quando, depois de comer uma travessa de camarões à la guillo, olha para a máquina fotográfica e só lhe vê o fundo.

Tanto faz

O choque petrolífero é um petromax a cair no chão?

petromax

18 de abril de 2006

Diálogo mantido por dois indivíduos ambos apóstolos da Santa Igreja do Bife Com Ovo a Cavalo

Um - O Richie & Inês também hão-de ir ao nipónico para o convívio. Pulha. Verme, cheiras a ervilhas.

O Outro - Agora cheiro a chá de cidreira e mel. Tu cheiras a flores num dia de Primavera. Meu pequenino fofinho.

Um - Minha florzinha delicada e poética. Havemos de fazer crianças no alto do castelo de Palmela e cantar o "Pó de Arroz" do Carlos Paião.

O Outro - Desculpa, enganei-me! Tu afinal cheiras a cão molhado.

Eu afinal preferia cantar o "When a man loves a Woman" enquanto fazia a barba.

Um - Ou a comer feijoada de mariscos enquanto coçamos os joelhos e lemos as obras completas de Wittgenstein.

O Outro - Não sei o que é uma obra completa há mais de 20 anos! Eu preferia o "Take my Breath Away" enquanto chegas de mota.

Um - E tu com o cabelo ao vento, com esses olhos escuros tão excitantes, à minha espera com uma tarte de limão numa caixinha com desenhos de coelhinhos azuis, tu e a tua linda camisa dos lindos bordados.

O Outro - Aquela com os motivos minhotos. Sim, oh meu Deus Sim!
Mas não gosto de tarte de limão. Pode ser uma charlotte de ananás?

Um - Ou o ananás inteiro que podemos usar para nos acariciarmos mutuamente. E Depois podemos derramar os sucos pelos nossos corpos vestidos (por causa do frio).

O Outro - Isto está a tornar-se demasiado pornográfico. Espero que as nossas mulheres não vejam estas mensagens por acidente.

Clip

-Conta-me uma história, Pew.
-Que tipo de história, pequena?
-Uma com final feliz.
-Isso é coisa que não existe.
-Histórias com final feliz?
-Histórias com final.

Transcrição livre de «A menina do farol», de Jeanette Winterson.

16 de abril de 2006

Ai, ai, ai...quem escorrega também cai!



Today, with us... Arrábida!
Não há dúvida que a comunhão com a Natureza nos faz sentir mais saudáveis, mais frescos e nos faz tomar um conhecimento mais profundo de partes do nosso corpo que, por vezes, até então negligenciaramos.
Foi precisamente por isso que a Mother Nature decidiu dar-me este ensinamento, não fosse eu ficar para o resto dos meus dias sem contemplar e constatar como são admiravelmente quadrados os meus pés.
Foi também para que eu sentisse na pele e na alma o sofrimento de todos aqueles que têm de ficar presos às garras de uma cama (nada de bondage, falo de doenças!) que a Mãe Natureza, filha de uma grande Desavergonhada, me fez ficar orasofá-oracama-orasofá-oracama durante todo o santo fim de semana pascal. E digo-vos, foi penitência bastante. Quase como Cristo na cruz, dei graças e salvés ao Fox, ao People & Arts, ao History e até ao famigerado Odisseia. God Save the Cabo TV!

12 de abril de 2006

Flower Power #1



Chama-se Edelweiss esta florzinha amorosa coberta de pelinhos brancos.
"Edel" significa nobre (do germânico edele ou edile) e "weiss" significa branco (do alemão weiß). O nome científico é "Leontopodium alpinum", usado para designar uma rara planta, de origem asiática, que pode ser encontrada em montanhas altas como nos Pirinéus e nos Alpes, em escarpas e rochedos tortuosos.
Não sei porquê mas lembra-me uma princesa de Campo de Ourique.

11 de abril de 2006

A minha primeira posta

A minha primeira posta
Há coisas perante as quais não ficamos indiferentes. E há encontros que nos trazem uma luz única que só a nós, ou pelos menos a nós, nos revolvem de emoção e alegria.
No sábado passado, tive o prazer de ver um espectáculo da Senhora Tarikavalli. Para quem não sabe, Tarikavalli é uma bailarina de Bharata Natyam, um estilo clássico de dança indiana. Disse Senhora Tarikavalli, porque Tarikavalli é mesmo uma senhora, no alto do seu brilhante trabalho, no alto da sua humildade e da sua simplicidade.
Tarikavalli é filha de pais Portugueses que emigraram para França, o que torna o seu trabalho mais brilhante. Não pela sua descendência portuguesa, note-se, mas por não ser indiana, e pelo afinco do seu trabalho e talento, ter chegado a um ponto de perfeição de execução a que chegou. Já estive na Índia e vi trabalhos de bailarinos profissionais altamente conceituados… Tarikavalli é realmente uma Senhora do Bharata Natyam.

Quis uma mão divina que, hoje, tivesse a honra de conhecer e falar com Tarikavalli.

Esta posta, apesar de me ter saído em sérios, são os meus sorrisos para esta senhora!

Om Shanti

10 de abril de 2006

E agora...

... um momento popularucho e tropicaliente, com a letra duma canção que sacode as ancas da pandilha que por aqui passa:
Ladies and germs, La Camisa Negra.


Tengo la camisa negra porque negra tengo el alma
Yo por ti perdi la calma y casi pierdo hasta mi cama
Cama, cama, cama, baby te digo con discimulo
Que tengo la camisa negra y debajo tengo el difunto

Yo por ti perdi la calma y casi pierdo hasta mi cama

Tengo la camisa negra porque negra tengo el alma
Y desde que tu te fuiste yo solo tengo
Respire de ese humo amargo de tu adios
Por beber del veneno malevo de tu amor
Yo quede moribundo y lleno de dolor


Malparece que solo me quede y fue pura todita tu mentira
Que maldita mala suerte la mia que aquel dia te encontre
Ni siquiera muestras señas y yo con la camisa negra
Y tus maletas en la puerta
Miercoles por la tarde y tu que no llegas
Lo que ayer me supo a gloria hoy me sabe a pura

Tengo la camisa negra ya tu amor no me interesa

Que tengo la camisa negra y debajo tengo el difunto

Cama, cama, cama, baby te digo con disimulo

Yo por ti perdi la calma y casi pierdo hasta mi cama
Tengo la camisa negra porque negra tengo el alma
Respire de ese humo amargo de tu adios
Y desde que tu te fuiste yo solo tengo
Yo quede moribundo y lleno de dolor

Por beber del veneno malevo de tu amor
Que maldita mala suerte la mía que aquel dia te encontre
Malparece que solo me quedé y fue pura todita tu mentira
Que tengo la camisa negra y una pena que me duele
Hoy se que tu ya no me quieres y eso es lo que más me hiere
Hoy tengo en el ama una pena y es por culpa de tu embrujo
Tengo la camisa negra hoy mi amor esta de luto
Que tengo la camisa negra y debajo tengo el difunto

9 de abril de 2006

His name is Larson, Gary Larson #2

tunnel light

7 de abril de 2006

Chocolate chip cookie dough! *




* Há dias em que nem um destes nos salva!

6 de abril de 2006

Bigamia

Sou desde ontem bígamo.
A espanhola Palmeta, ao contrário das conterrâneas, não é nada ciumenta.
A francesa Quatrelle refila e barafusta, faz-se difícil, mas acede aos meus pedidos com ternura.
É o início de uma bela ménage.
Pandilha, sereis em breve apresentados à nova consorte.

Francisco Augusto Metrass (1825-1861)


Metrass (Francisco Augusto).

n. 7 de Fevereiro de 1825.
f. 14 de Fevereiro de 1861.



Célebre pintor do século XIX.

O seu pai preferia que ele tivesse seguido a carreira do comércio, mas Metrass, impelido por uma vocação irresistível, entrou para a Academia de Belas Artes em 1836.

Estudou em Lisboa com os mestres Joaquim Rafael e António Manuel da Fonseca. Viajando para Roma, teve como professores os pintores alemães Cornelius e Overbeck, que faziam parte do "Grupo dos Nazarenos", assim conhecidos porque se dedicavam especialmente à pintura religiosa.

Mas foi em Paris, a partir de 1850, que o seu talento começou a ser reconhecido, destacando-se então não mais com temas religiosos, mas com a pintura histórica. Só Deus, o quadro que reproduzimos acima, retrata uma cena do dilúvio, onde uma mulher, tendo nos braços uma criança, é arrastada pelas águas. Este quadro, exposto quando o pintor tinha 30 anos de idade, trouxe-lhe a consagração.

Pintou freneticamente nos anos seguintes, mas não pôde ir mais longe: em 1861, aos trinta e seis anos, morreu, vitimado pela tuberculose que, à época, era uma doença praticamente sem cura.

Quatrelle!



É assim que queremos passear pelas ruas da capital. Cheios de estilo, no balançar de sons mágicos.
Eu estou de vestido preto (nunca me comprometo!), plumas fúchsia, cabelo curtinho e semblante sereno. Acompanham-me 4 personagens. As feições são-me muito familiares mas... agora reparo! Vestem-se assim e estamos mesmo todos janotas! Mas... agora reparo: são três rapazolas e mais uma garota para além de mim e as imagens sucedem-se como uma curta metragem. As pessoas param nas ruas para nos ver passar e nós, do alto da nossa juventude atrevida e sem complexos, rimos eufóricos pelo privilégio da diferença. O menino que vai ao volante convidou-nos para um lanche na Pastelaria Suiça e eu lá vou, toda contente, desafiar as formas do meu vestido com um fabuloso éclair e uma chávena de chocolate quente... é dia de festa e temos de comemorar! Agora já vamos poder passear todos juntos no carro dele


Acordo. Não cheira a pastelaria, não estou deslumbrante nem me sinto a deslizar numa 4L novinha dos anos 60, mas sorrio porque vou andar numa em breve!! Parabéns, V.!

3 de abril de 2006

Treino

Hoje tive nova sessão de treino para homem-estátua. As mais frutuosas são sempre originadas pelas digressões verbais dos taxistas, ou chófers de praça, como se dizia dantes.
Quando alguns destes senhores sacam do seu dicionário de vernáculo e desfiam um por um todos os vocábulos do volume, eu recolho-me, não por pudor, mas para melhor apreender os vários matizes da ira e, quiçá, aprender algumas expressões novas.
Viver na grande urbe é muito instrutivo.

1 de abril de 2006

Tango...

ou Bock?
Haja crise ou não, para uma bejeca há sempre uns trocos. Por isso, não resisto e rebolo a rir de cada vez que vejo o anúncio à nova Super Bock Tango.
Porque é que a marca foi gastar tantos milhões em publicidade? Conheço dois marrecos que, juntamente comigo, seriam os modelos perfeitos para toda aquela acrobacia argentina.
Viva o Piazzola!





É já neste fim de semana que moçoilas e moços muy guapos vão sacudir o esqueleto e as suas formas vertiginosas ao som dos ritmos quentes no V Congresso Mundial de Salsa.
E, desde já, seus preconceituosos urbanos, deixem-se de complexos pseudo-intelectuais! Soltem-se!!!
A verdade é que, enquanto vão ouvindo esta emissão, todos os da minha pandilha se irão lembrar dos nossos serões chez V.! Quem os viu e quem os vê!!! A salsa é tão ou mais admirável do que qualquer outro ritmo latino, move-nos para a dimensão da sensualidade de outras paragens afrodisíacas e, acima de tudo, diverte-nos! Nessas casas da capital lisboeta, em que os dançarinos mais parecem profissionais de La Habana, é muito mais fácil encostar à parede mais próxima, intimidado pelo constante rodopiar quase exibicionista de tantas borboletas e louva-a-Deus. Eu consegui desfolhar o meu malmequer para companhia num pezinho de dança (lembram-se daquela noite fatídica...?) e hoje já somos ... uma mão cheia de brincalhões, desertinhos para dar umas voltinhas ao som da salsita nos nossos serões...
Adoro as nossas noites ... e hoje - especialmente hoje -, estou cheia de inveja. Snif...
Saudações salseras!