31 de março de 2007

Pergunta pertinente

Pode ser-se ligeiramente iconoclasta?

Anexamento podre




Daqui.

29 de março de 2007

A barbicha do senhor, chamemos-lhe assim

Anda por aí nos autedóres uma barbicha que tem por trás um senhor, chamemos-lhe assim. A barbicha reclama Portugal para os portugueses e muito educadamente deseja boa viagem.

Se calhar este senhor, chamemos-lhe assim, é um visionário.
Antevê o domínio avassalador da Espanha, a pobreza galopante nacional, os tugas a emigrarem em massa e o país vazio. E revolta-se, pois claro. Revolta-se com essa imagem terrível e melancólica do jardinzinho à beira-mar deserto, abandonado aos pombos e a outras pragas, algumas com barbicha e senhores por trás. No fundo quer apenas preservar esse país pacato e povoado por descendentes do Afonso, esse outro grande português que mais valia ter ficado quieto.

Ou talvez não seja nada disto, e o senhor, chamemos-lhe assim, não seja visionário coisa nenhuma.
Apenas imbecil.
Chamemos-lhe assim.

28 de março de 2007

A pior altura

Esta é a pior altura para se ser do Ceportém, esse clube da nobreza hipotecada.

Se o GLORIOSO ganhar dia 1, então há oportunidades fortes de chegar ao título.

Se o GLORIOSO perder, então o FCPorco mantém a mesma distância pontual, mas há hipótese de passar para 2º lugar.

E agora, senhores?

24 de março de 2007

Sobre o mel

No outro dia pesquisava uma receita de frango com mel e descubro que na Antiguidade havia vários usos para o mel além daqueles que normalmente lhe reconhecemos; sabiam que era usado como conservante natural para carnes e alimentos?, ou que os Antigos Egípcios o usavam como contraceptivo? Isto fez-me pensar que deve ter resultado, porque não há no Egipto ninguém remotamente parecido com eles. :-)

22 de março de 2007

Não Podia concordar mais!

I hate Macs. I have always hated Macs. I hate people who use Macs. I even hate people who don't use Macs but sometimes wish they did. Macs are glorified Fisher-Price activity centres for adults; computers for scaredy cats too nervous to learn how proper computers work; computers for people who earnestly believe in feng shui.

PCs are the ramshackle computers of the people. You can build your own from scratch, then customise it into oblivion. Sometimes you have to slap it to make it work properly, just like the Tardis (Doctor Who, incidentally, would definitely use a PC). PCs have charm; Macs ooze pretension. When I sit down to use a Mac, the first thing I think is, "I hate Macs", and then I think, "Why has this rubbish aspirational ornament only got one mouse button?" Losing that second mouse button feels like losing a limb. (...)

mais aqui

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21 de março de 2007

DOT.COM

Ingredientes:
"Águas Altas" - pequena aldeia no interior de Portugal;
www.aguasaltas.com - site da aldeia
Espanhóis - malandros que detêm uma marca de águas com o mesmo nome da aldeia
Resultado - querem processar a aldeia, condená-la a uma indemnização de 500 000 Euros e obrigá-la a fechar o site
E depois? Uma comédia deliciosa de Luís Galvão Teles, a retratar a cisão que se manifesta na aldeia.
Ver porquê? Porque além de ser um filme português, à laia de "crónica dos costumes", é rodado em Dornes, uma aldeia lindíssima próxima de Ferreira do Zêzere, envolvida por paisagens verdadeiramente deslumbrantes.

Vejam o trailer aqui aqui e a história aqui.

Have a nice day!

So Petiscada.

Há dias em que é mais fácil acordar. E não é por nos termos deitado mais cedo...
Acorda-se com um sorriso porque a noite foi de festa, a companhia foi de arromba e os foguetes ainda retumbam de manhã.
Hoje é dia de chá verde e fruta, para aliviar a figadeira das pataniscas e dos peixinhos de horta. Mas só vos digo: D - I - V - I - N - A - L !!! :)
E agora o dilema: partilho ou não o nome do santuário convosco? hum... Bem, a cozinheira merece ... mesmo que, da próxima vez, tenhamos de reservar com um mês de antecedência! Pois bem... "Só Petiscos", para os lados da Rua do Século (mais propriamente para o lado esquerdo de quem desce) e mais não digo.
Veredicto: um verdadeiro sucesso - pela confecção, genialidade do conforto do ambiente, pela localização tão simpática.
Nota menos positiva: ai, ai... que não temos extracção de fumo na sala (pois... num edifício com mais anos que a minha avó teria se fosse viva não se poderia esperar outra coisa).
Adorei e... gostei tanto que tou doida para ir lá outra vez.

19 de março de 2007

snowboarding bimbos from hell

Quente Quente Calor

Livro de rpg Werewolf The Forsaken
Conjuntinho de sushi
Livrinho do shô Gaiman
After-Shave
Suporte de palitos
Capacete das obras
Relógio Swatch

17 de março de 2007

Vá meninos

13 de março de 2007

Incha Lá



Vimos maiores, mais grandes e mais gordos.

10 de março de 2007

Historinha Linda

Descobriram-me os pesos, esta manhã. Não é de estranhar, não estavam exactamente escondidos. É algo que já esperava há muito tempo.

Desde que apanhei uma tosga numa prova de vinhos, enquanto tirava o curso de formação de formadores. Ninguém me disse que era suposto cuspir o vinho. E se era boa, o raio da zurrapa.

Ala para o Feira Nova que se faz tarde. É desta e não escapa. Podre de bêbado, entro esbaforido, encontro dois ou três amigos, dois ou três porque não consegui distinguir, pesos nas mãos, sorriso tolo, bafo a Brilho de Uva. Bom.

Até hoje.

7 de março de 2007

toma lá morangos

morangada

Por falar em morangos, o resto da rapaziada onde anda?

3 de março de 2007

África mãe, mãe áfrica

Espero que tragam ganzas pra todos.

2 de março de 2007

Conheço-te ;-)

Dá-me um beijo olá adeus qual a diferença? Acaba tudo o que disseres com um sorriso Diz adeus olá - com aquele teu olhar Prá frente pra trás devagar as cortinas na janela dizem adeus olá lá está o teu olhar e o teu sorriso maroto Conheço-te e conheces-me a mim Sei tudo o que se passa contigo Sabes tudo o que se passa comigo Conheço-te e conheces-me a mim. Dá-me um convite e estou lá a menos que tenha que ir a outro lado claro Dá-me o teu pedido vamos apertar as mãos, se não gostares devolvo-te o dinheiro

Fados, petiscos e guitarradas, com vinhaça a mistura.

Visitei hoje a "Petisqueira de Alcântara". Vim de lá num misto de satisfação e desilusão que só a alma de uma apreciadora de fadistagem pode alcançar.
Transmito-vos a minha crítica..., sob o alçapão do carácter tão pessoal que isso acarreta. São ideias muito minhas e quem ler pode não concordar. Aceito mas com isso posso eu bem.
Pois, meus amigos, o repasto teve qualidade superior. A quantidade na conta certa e o preço na conta alta. Enfim, contingências. Quem quiser jantar prepare-se para largar a nota. Aconselho-vos a forrarem a camisa em casa e degustarem por lá um copinho de vinho (Periquita) e um pratinho de entradas que os tempos são de crise e a malta é jovem.
E depois veio o fado. Veio tarde. Já eram quase um quarto para as onze. Mas valeu a pena. O fadista, de nome "Ruca" (e não, não é o Ruca dos miúdos pequenos), é irrepreensível. Voz fantástica, firme, um reportório bonito e nada "desgraçadinho", cheio de estilo e acompanhado por uma dupla interessante à guitarra portuguesa e à guitarra clássica.
Cantou cinco fados. Letras de Manuel Alegre, Teresa Tarouca, entre outros, deliciavam a parca plateia. Depois... um intervalo. 45 minutos sem fado. Mais uns fados. Desta feita por alguém cujo nome desconheço (mea culpa), de voz igualmente encantadora mas com tanto de vaidade como o outro de humildade. Cinco fadinhos, a menina a bater o pezinho e a cantar nos refrões. E depois..... PUFF! Uma hora sem fado, a apelar ao consumo.
Pois, meus senhores, assim a Menina não gosta: é que na porta lemos "Tertúlia fadista às quintas-feiras". Francamente, o fado soube-me a pouco. Da próxima faço-me à pista com umas ameiijôas e tá a mala aviada. É que saí de casa para ouvir, para beber fado e afinal quase que me metia nos copos e não ouvia fado.
Próximo investimento: Adega da Tia Rosa - fado vadio ao sábado (uma vez por mês).

Professores e a evoluçao dos tempos.

A minha Mãe precisava de caminhar 7 Km (!) para chegar à escola primária da vila mais próxima. Mesmo assim, e apesar da força de vontade, chegar às aulas dependia da força da ribeira que, por vezes, insistia em levar o tronco que servia de ponte (e não, não é o conto da desgraçadinha, é mesmo verdade). De mãos roxas de tão enregeladas e filha de pais analfabetos, pequenita e franzina, a minha Mãe recebia com resignação as reguadas valentes que a Senhora Professora insistia em dar-lhe quando dizia que não sabia fazer as "contas de dividir". Não tinha ninguém que a ensinasse e a Professora só explicou uma vez.
Falámos nisto ao almoço, um destes dias, a propósito desta onda de agressões a professores pelo nosso país. Vieram-me as lágrimas aos olhos e agora entendo melhor porque motivo é que a minha Mãe, apesar de oriunda de família humilde e do sacrifício que esta estava disposta a fazer, não quis seguir os estudos, tendo concluído apenas a 4ª classe. Percebo agora porque é que eu, sem nunca ter posto os pés num infantário ou pré primária, cheguei à primeira aula da primeira classe a saber ler, escrever algumas frases para além do meu nome e efectuar operações básicas de matemática. Talvez a minha Mãe tivesse querido evitar que as minhas mãos, embora não tão frias, sofressem o ardor das reguadas. E conseguiu. Obrigada, Mãe. Obrigada, Pai.